quarta-feira, 27 de maio de 2009

ONU e Mulheres Brasileiras

O Estado de S. Paulo - 26.05.09

Órgão faz alerta sobre mulheres
Jamil Chade

A ONU afirma estar "preocupada" com a representação das mulheres no Brasil como "objetos sexuais". O alerta faz parte do relatório preparado pela entidade para avaliar a situação dos direitos sociais no País.

A constatação das Nações Unidas é que persiste no Brasil uma imagem estereotipada da mulher na família e na sociedade. "Isso pode fazer a mulher ser mais vulnerável à violência", afirma o documento.

A entidade destaca que, apesar de as mulheres terem um nível educacional mais elevado, em geral, do que os homens, elas estão sub-representadas no Congresso, em postos de gerência e têm salários mais baixos.

Outro alerta da ONU é em relação aos abortos clandestinos no Brasil, uma das principais causas de morte de mulheres.

A ONU defende que novas leis sejam adotada, além de uma campanha publicitária para ajudar a modificar o estereótipo da mulher na sociedade.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

28 de abril, Um Dia de Reflexão e de Luta!

Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

Acorda Maria! Acorda José!
(Schirlei Azevedo)

Acorda Maria! Acorda José!

Devemos trabalhar para viver e não para morrer!

Acorda Maria! Acorda José!

Submeter-se a longas jornadas de trabalho!

Acorda Maria! Acorda José!

Fazer horas extras e aceitar não ter feriados ou domingos!

Acorda Maria! Acorda José!

Aceitar humilhações e constrangimentos diários!

Acorda Maria! Acorda José!

Passar por cima de tudo o que voce acredita!

Acorda Maria! Acorda José!

Permitir ver companheiros e companheiras adoecendo e nada fazer!

Acorda Maria! Acorda José!

Correr atrás de metas inatingíveis!

Acorda Maria! Acorda José!

Aceitar trabalhar mais que seu corpo e mente permitem!

Acorda Maria! Acorda José!

Concordar em correr riscos sem proteção!

Acorda Maria! Acorda José!

Não procurar seus direitos por que patrão é "bonzinho"!

Acorda Maria! Acorda José!

Há 270 milhões de acidentes de trabalho no mundo por ano!

Acorda Maria! Acorda José!

Por ano, são 160 milhões de casos de doenças relacionadas ao trabalho!

Acorda Maria! Acorda José!

São 22 mil crianças morrendo vítimas do trabalho infantil.

Acorda Maria! Acorda José!

Todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras!

Acorda Maria! Acorda José!

No Brasil, acontece uma morte a cada duas horas de trabalho!

Acorda Maria! Acorda José!

Temos 03 acidentes de trabalho a cada minuto trabalhado!

Acorda Maria! Acorda José!

Pra que? Para comprar... comprar... consumir... consumir...

Acorda Maria! Acorda José!

Patrão enriquece e voce adoece!!

Acorda Maria! Acorda José!

Tem patrão viajando enquanto tem trabalhador se suicidando!

Acorda Maria! Acorda José!

Reflita, resista, denuncie, exija direitos e proteção, organize-se, lute, seja solidário!

sexta-feira, 20 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Socorro ao SUS

Segue abaixo pedido de socorro escrito em 22 de outubro de 2007 e enviado como um pedido de socorro do SUS aos Sindicatos, nunca esteve tão atual...

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Começo este pedido de socorro ao SUS com uma historinha muito simples, mas que nos mostrará o quanto valioso é resguardarmos a memória de fatos que construíram a nossa história e delinearam os rumos e a vida de toda uma sociedade. A irresponsabilidade de quem não tem memória coloca em risco a maior política social já construída neste país.

Há muitos anos uma sábia mulher passeava por um belo pomar, acompanhada da neta, as duas conversavam sobre as plantas, os pássaros, as borboletas... A netinha pergunta a avó por que todos os dias ela vai até seus vasos e canteiros mexer na terra e regar as plantas. A avó pacientemente pega um pouco da terra, coloca nas mãos da pequena e continua o diálogo:
“Esta terra vem sendo cuidada há anos por mim e por seu avô, aqui semeamos estas flores, as árvores e nos preocupamos em manter sempre limpo, com a terra sempre fofa e irrigada. Todo este trabalho diário possibilitou a satisfação de hoje podermos ver você e seus irmãos brincando aqui.”
A menina ficou pensativa e quieta, a avó percebendo, indagou o porquê de seu silêncio. Com os olhinhos cheinhos de lágrimas, ela afirmou:
“Vovó, quando a Senhora e o vovô morrerem o jardim não será mais bonito e não vamos mais comer pitanga, por que ninguém mais virá todo dia cuidar.”
Responde a avó:
“Não meu anjo, a vovó e o vovô ensinaram a mamãe que toda a terra precisa ser regada e preservada com amor e carinho. Assim como a vovó e o vovô, a mamãe e o papai também olharão por ela. E você também saberá preservar para seus filhos. Minha querida, nunca esqueça que não basta semear e colher, o principal é manter fértil e ensinar a preservar.”

Algumas pessoas devem se perguntar em que esta historinha tem relação ao SUS ou ao pedido de socorro ao SUS.

Há alguns anos, através da elaboração de uma Constituição Cidadã, brasileiros e brasileiras conquistaram o direito de plantar em nosso país uma sementinha cuja origem se deu na afirmação de que os serviços de saúde são de relevância pública, ou seja, são essenciais à população brasileira.

Desta semente nasceu um broto, que nomeamos Lei 8080/90. Preparamos o solo, distribuímos o trabalho, criamos regras, deveres, diretrizes e metas para que este broto crescesse e a sua sombra protegesse a todos e todas igualmente. Até este momento, havia um mutirão de homens e mulheres determinados em regar e adubar para que esta exuberante árvore além de proteger, rendesse bons frutos.

A princípio, diariamente, chegavam novas pessoas e estas foram polinizando e multiplicando, sempre preocupadas em preservar e ver o fruto servir a todos e todas.
Apesar de inúmeros obstáculos encontrados no decorrer do caminho, o broto cresceu majestoso e consolidou o SUS como a maior política social deste país. Porém, alguns atores fundamentais se afastaram do processo e a “boa nova” passou a ser vista como uma bela árvore de raízes fortes, tronco resistente, ramificações saudáveis e frutos eternos. Passaram a priorizar outras plantações, certos de que aquela estava segura. Mas ao redor dela foram nascendo “fungos e ervas”, os poucos que ficaram em sua defesa e na proteção de quem dela vem se alimentar, tem a triste constatação que a cada dia fica mais difícil usufruir dos seus benefícios e assistência.

Estes que ficaram assistem aqueles que a abandonaram negociarem, com os “fungos e ervas”, vantagens para os seus associados, onde estes passam a evitar as imensas filas que se formaram, onde estão 75 % da população brasileira, que buscam o direito de usufruir desta sombra e se tratarem com seus frutos. Os demais 25%, que não ficam na espera, se utilizam dos “fungos e ervas” para alcançarem os frutos mais raros que ficam na média e alta.

A menina que aprendeu com a avó o valor de preservar o que de bom já foi plantado nesta terra fértil chamada Brasil, faz um chamado a todos e todas para que lutem na defesa do SUS. Principalmente os Sindicatos que representam os trabalhadores e trabalhadoras e se afastaram do processo. O SUS nasceu desta força chamada “LUTA”.

Acordem, saiam de suas cadeiras, deixem de ser corporativos e parem de negociar com “fungos e ervas”, vocês só estão neste espaço para representarem uma classe historicamente usurpada de seus direitos e cobrada de seus deveres diariamente, de forma perversa e cruel.

Reguem a semente plantada nos anos 80, que floresceu nos anos 90 e pede socorro no momento atual. Participem efetivamente, ocupando de forma responsável e assumindo o seu papel como atores principais junto aos conselhos de saúde, cobrem do Estado a manutenção e ampliação dos direitos conquistados e informem seus representados.

Basta de SUS pobre para os pobres, e complementar para os ricos.
Basta de danos irremediáveis à saúde por falta de fiscalização, de diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Basta de fragmentação nos repasses federais.
Basta de precarização e terceirização.
Basta de sucateamento dos serviços de saúde.
Basta de esconder as informações da população.
Basta de tratar as doenças ocupacionais de forma irresponsável.
Basta de aceitar como natural a possibilidade de riscos à saúde no meio ambiente de trabalho.
Basta de penalizar e agravar o sofrimento dos cidadãos e cidadãs que constrõem nosso país.

Queremos um SUS sadio, de qualidade, humanizado, com financiamento público para 100% da população brasileira.

domingo, 15 de março de 2009

Seminário Regional Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina



O Trabalho das mulheres: Desafios da inclusão social.

O MMTU/SC participou nos dias 12, 13 e 14 de março de 2009, debatendo com mulheres quilombolas, indígenas, sidicalistas, maricultoras, assistentes sociais, psicólogas, entre outras. Com o objetivo de debater sobre os impactos da atual crise do capitalismo na vida de mulheres trabalhadoras; analisar a desproteção social das mulheres e construir propostas de inclusão previdenciária; ampliar a discussão sobre previdencia social para sa mulheres entre os movimentos de mulheres e para outros segmentos de trabalhadoras hoje excluídas do sistema previdenciário, como catadoras de lixo, marisqueiras, donas de casa, pescadoras.

Um dos pontos altos do debate esteve no momento de avaliação da proposta de reforma tributária presente no Congresso Nacional através da PEC 233/08. Divulgamos aqui o Manifesto em Defesa dos Direitos Sociais sob ameaça na Reforma Tributária.

Este Seminário foi uma realização da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado/SC (Fetiesc) - Secretaria da Mulher, Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas – RS e SC (MMTU), Fórum Itinerante dos Movimentos de Mulheres sobre Previdência Social, Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB, Movimento de Mulheres Camponesas - MMC, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB, Campanha Nacional pela Aposentadoria das Donas de Casa, Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas – FENATRAD, Marcha Mundial das Mulheres – MMM, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste – MMTR/NE e Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco/Babaçu - MQCB.

I Turma de PLPs formada pelo MMTU/SC