quarta-feira, 11 de março de 2009

Hipocrisia

ALESC - Onde está a investigação do Deputado agressor denunciado pelo Fórum Estadual pela Implementação da Lei Maria da Penha, por ter cometido violencia contra sua ex companheira? A Campanha Laço Branco deveria proibí-los de usarem esta marca e de até mencioná-los no site. Hipócritas, façam o dever de casa primeiro!

10/03/2009- Assembleia Legislativa entra na Campanha Laço Branco

A sessão ordinária de hoje (10) foi interrompida por solicitação das três parlamentares mulheres para a realização de um Ato em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8 de março, domingo, e para o lançamento da Campanha Laço Branco. A Campanha Brasileira do Laço Branco tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Suas atividades buscam promover a equidade de gênero, através de ações em saúde, educação, trabalho, ação social, justiça, segurança pública e direitos humanos. Segundo a deputada Ada De Luca (PMDB), a campanha começou depois que um rapaz invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá, no dia 6 de dezembro de 1989, e assassinou 14 mulheres. Em carta, o assassino afirmou que não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia. Depois do acontecido, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência. “Temos que sempre trabalhar pela não-violência contra as mulheres e esta Casa tem cumprido esse papel com honra. As audiências sobre a Lei Maria da Penha são prova viva disso”, disse. A também deputada Professora Odete de Jesus (PRB) afirmou que a data tem que ser comemorada sempre. “O Dia da Mulher é todo o dia. Temos que respeitar e implantar isso.” Ela ainda disse que, de acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres irá virar ministério. “O governo Lula tem sido generoso e sábio. Oferecer esse tipo de trabalho é importante e espetacular.”

Violência no estado
Conforme dados obtidos na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do governo federal, a violência doméstica no Brasil é responsável pela metade dos homicídios das mulheres no país. No entanto, a morte é o último grau da escala da violência que muitas vezes começa com abuso psicológico. Em compensação, o número de denúncias aumentou 32% em 2008. Em 2007, foram registradas 204.978 ligações no disque denúncia (180). No ano passado foram quase 270 mil ligações.
Distrito Federal, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro lideram o ranking das denúncias. Segundo os dados apresentados, das 24.523 denúncias, 64,9% das mulheres informaram sofrer agressões diariamente e outras 16,1% são alvo toda semana de destratos. A maior parte das agressões (63,2%) é praticada pelos próprios companheiros.
Em Santa Catarina não é diferente. Nos últimos dois anos foram registradas 100 mortes em consequência da violência doméstica. Também foram registrados 28.150 casos de ameaças, 180 estupros, 257 tentativas de estupros e 48 homicídios passionais.
A deputada Ana Paula Lima (PT) assinala que essa situação tem que ser mudada. “É incrível que em pleno século XXI as mulheres ainda sofram com esse tipo de situação. No mundo que sonhamos não há espaço para violência de nenhuma forma. Nossa missão é trabalhar pelo fim da violência”, acrescentou.
Em nome da Secretaria de Estado da Saúde, a diretora-geral Carmem Zanotto destacou a importância de se lutar contra qualquer tipo de violência. “Nós, profissionais de saúde, somos a linha de frente. Lidamos com a violência praticamente todos os dias. Temos que trabalhar as feridas físicas, mas não podemos esquecer o lado emocional. Dessa forma, não podemos esquecer aqueles homens que respeitam suas mulheres, mães e filhas, pois são eles que serão exemplos para os outros”, falou.
A ex-deputada federal Luci Choinacki, presidente estadual do PT, disse que em sua vida ela trabalhou contra duas coisas. Contra a pobreza e contra violência. “Nunca aceitei nenhum tipo de violência. O amor gera o amor e precisa ser respeitado. A violência contra a mulher tem que ser impedida e esta campanha precisa ser trabalhada”, finalizou.
Ao final do ato, todos os deputados presentes ganharam um laço branco, símbolo da campanha. Para participar da campanha é só acessar o site: www.lacobranco.org.br. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc

E nós permanecemos sendo o único estado da Federação sem defensoria pública!!!

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